Antes da pandemia a busca pelo contato com a natureza já ensaiava uma escalada veloz. Agora, depois de experimentarmos a sensação do isolamento social e às incertezas sobre o novo vírus, às atividades ao ar livre ganharam ainda mais valor. E dá para entender, afinal além do prazer que proporciona a ciência nos mostra que a natureza faz muito mais por nós.
Distantes do verde, rodeados por uma selva de pedra cheia de tecnologia que facilitam a vida de inúmeras formas. Ainda assim, existe uma conexão inegável entre o ser humano e o Planeta, afinal, fazemos parte de um todo, tudo está interligado.
Estudos apontam que ficar exposto à natureza pode ser a solução para enfrentar problemas cada dia mais comuns da vida em plena transformação digital. Os resultados demonstram os efeitos positivos em relação ao controle da ansiedade, redução do estresse e sintomas da depressão. Doenças silenciosas, invisíveis, que acabam com a nossa saúde em doses homeopáticas.
Aqui não vamos nos focar nas patologias, mas sim em como a natureza pode nos ajudar a prevenir ou amenizar esses males. Continue a leitura e confira o que dizem alguns estudos científicos sobre o assunto.
Exposição à natureza vs doenças físicas, mentais e emocionais
Mesmo que você não seja um(a) fã assíduo da natureza, já deve ter sentido uma tremenda necessidade de entrar em contato com ela, não é mesmo? Todos sentimos isso, somos animais também, e a maior parte do tempo de nossa existência na Terra foi em exposição direta e ininterrupta à natureza. A urbanização da sociedade é extremamente recente em relação ao tempo da vida humana na Terra.
Baseados nesta lógica, cientistas de diversas especialidades buscam entender qual é o mecanismo que desencadeia esses efeitos positivos da exposição com a natureza, sejam eles físicos ou mentais.
A resposta ainda não é certa, mas os frutos colhidos a cada dia com pesquisas em todo o mundo comprovam a eficácia deste hábito na promoção da saúde e do controle emocional.
Vamos aos exemplos!
Universidade de Harvard e Brigham and Women’s Hospital
Um estudo realizado por essas duas instituições entrevistou 108 mil mulheres e os resultados foram incríveis. Conclui-se que a taxa de mortalidade das entrevistadas que viviam em áreas mais verdes é 12% menor que aquelas que vivem nos centros urbanos e metrópoles.
Em relação a dados específicos, não foi diferente. Para as pessoas com maior exposição à natureza, o risco de morte para doenças renais é 41% inferior, doenças respiratórias 34% e 13% para câncer quando comparadas à moradores de grandes cidades.
De acordo com os especialistas, estes resultados têm origem no cultivo da saúde mental, por viver ou frequentar áreas mais verdes que o habitual, responsável por até 30% da promoção da saúde e qualidade de vida.
Pesquisa da PLOS One, revista científica de livre acesso
Neste estudo, o objetivo foi analisar os benefícios da exposição à natureza em relação a redução da impulsividade na tomada de decisões. Os resultados indicaram que as pessoas com acessibilidade e exposição maior à natureza apresentaram reduções significativas nos níveis de ansiedade, estresse e depressão.
Após analisar os resultados os cientistas identificaram que a exposição à natureza expande nossa percepção psicológica espacial, responsável por determinar nossa noção de espaço, tempo, capacidades físicas e intelectuais.
Por isso, este tipo de contato, além de reduzir a impulsividade e todos os outros gatilhos para as doenças citadas, melhoram significativamente a saúde, bem estar geral e colabora na tomada de decisões mais racionais e menos impulsivas, sejam elas relacionadas à vida pessoal ou profissional.
Estes dois exemplos são apenas alguns dos milhares de estudos que tentam explicar todos os benefícios da relação natureza-saúde humana. Outro exemplo pode ser o Banho de Floresta, ou Shinrin-Yoku, uma técnica japonesa de experiência meditativa na natureza com benefícios comprovados pela ciência. Saiba mais: Banho de Floresta: a cura pela natureza
Está com saudade de ir para o mato? Então vai preparando as botas e a mochila porque neste final de semana vamos retomar as atividades! Sim, teremos a primeira trilha após 6 meses de afastamento social. Será com todos os cuidados preventivos, seguindo o Protocolo de Segurança Sanitário da REDE Ecoturismo do Paraná para prevenir a Covid-19, para poder voltar a sentir os benefícios de caminhar na floresta.