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Quer ser mais feliz, compre experiências em vez de coisas

Ciência explica porque gastar com experiências é melhor

Lembra-se daquele tempo em que ter uma Mercedes Benz era sinônimo de status? E claro, poucos conseguiam comprá-la e realizar esse desejo de consumo! Pois é, esse tempo passou. Ainda bem! A percepção do que realmente nos traz felicidade está mudando e hoje já se sabe, com certeza, que comprar experiências gera muito mais satisfação do que comprar coisas, objetos, carros e casas!

É o que diz uma das megatrends para o futuro, previstas pelo futurólogo dinamarquês Peter Kronstron, do Copenhagen Institute for Futures Studies para a América Latina. A chamada tendência da imaterialização, em que o prazer e o status não estão mais no material, mas sim nas experiências vividas pelas pessoas.

Visitar um glaciar, fazer uma viagem de aventura, ou conhecer uma outra cultura, gera mais satisfação do que ter o Mercedes Benz, compara Peter.

Imagem: Aaron Benson

É o que também afirma o professor de psicologia na Universidade de Cornell, Dr. Thomas Gilovich, que estuda a relação dinheiro e felicidade há mais de duas décadas. De acordo com as pesquisas coordenadas pelo psicologo o grande inimigo da felicidade é a adaptação. Quando consumimos coisas, em pouco tempo esses objetos se integram a rotina e deixam de gerar a felicidade, sentida no dia em que foi comprado.

Por outro lado, as experiências vividas tornam-se parte intrínseca da nossa identidade. Tornam-se parte de nós mesmos e ocupam um espaço e importância muito maiores do que nossos bens materiais. Mesmo que você adore seu objeto, acredite que faz parte de sua identidade, mesmo assim essas coisas permanecem separadas de você.

Suas experiências realmente são parte de você. Nós somos a soma total de nossas experiências, garante Gilovich.

Imagem: Robson Hatsukami Morgan

Além do mais, as experiências compartilhadas nos conectam mais a outras pessoas do que o consumo compartilhado. É muito provável que você se sinta mais conectado com alguém que passou férias com você em Bogotá do que alguém que também tenha comprado uma TV tela plana igual a sua.

Por isso, a sugestão é: vá viver novas experiências. Visite uma exposição de artes, pratique uma atividade ao ar livre, viaje, conheça um novo lugar, novas pessoas ao invés de comprar ou sonhar com o BMW do ano ou o iPhone de última geração.

Matéria completa com o Dr. Gilovich, na FC The Science

Imagem: Jeremie Cremer

Junte a isso uma outra característica das megatrends para 2020, intitulada “liberdade de ser dono”. Ou  seja, não tem-se mais a necessidade de possuir o Mercedes Benz, para poder usufruir dele, a exemplo de plataformas de locação que surgiram nos últimos tempos. Essa alternativa dá muito  mais liberdade, pela economia com a manutenção e impostos com esse bem por exemplo, que permite inclusive viver mais experiências.

Quer ser mais feliz, compre experiências e não coisas

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