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Você também pode praticar montanhismo

Ana Lamego – Pico Paraná / Imagem: Arquivo

Não tem jeito, quando se fala em subir montanha é quase impossível não pensar em alpinismo, na necessidade de escalar, para se chegar ao topo. E, claro, isso assusta. Então, as pessoas imaginam que não é uma atividade, um esporte, para “mortais”. Seja pelo preparo físico, a idade ou até mesmo o medo de altura.

Trilha Morro Araçatuba / Imagem: Arquivo

Por isso, resolvi escrever sobre o assunto. Primeiro, para esclarecer que montanhismo tem uma definição um pouco mais ampla. Não se limita ao alpinismo, que teve origem no berço da escalada (aí sim) em montanhas na região dos Alpes. Seguiu se expandindo pelo mundo com o himalaísmo, praticado no Himalaia e o andinismo, como se define a escalada em montanhas dos Andes, na América do Sul.

El Chaltén/Argentina – Foto de: Daniel Burka

E, também inclui algumas de nossas montanhas brasileiras, embora mais baixas, como o Marumbi onde nasceu o esporte no Brasil e se pratica o marumbinismo. Aliás, por aqui, diferente do que alguns geólogos e geógrafos afirmam, existem montanhas sim! Apenas, tem alturas e climas diferentes das regiões mais altas do planeta. Algumas até consideradas de porte médio, de acordo com alguns preceitos. Só não temos altas montanhas.

Alta Montanha: para o montanhismo é considerada aquela cuja altitude ultrapasse a linha de neve. Que pode variar de acordo com a região.

Voltando ao conceito de montanhismo, precisava esclarecer que a atividade também inclui fazer jornadas, incursões, ou seja, caminhadas até os montes. É disto que estou falando. Quem sonha, mas achava impossível, chegar ao topo de uma montanha sem fazer escalada pode preparar as botas. Existem, inúmeras ou diria até incontáveis montanhas e cordilheiras para você conquistar neste planeta lindo!

Rochedinho / Conjunto Marumbi – Imagem: Arquivo

Só no Paraná, existem dezenas de montanhas que podem ser feitas caminhando por trilhas e em algumas, no máximo, praticando a *escalaminhada. Inclusive, para alguns cumes do próprio Marumbi e para o Pico Paraná, a mais alta montanha do estado e também do Sul do Brasil, com seus 1.877 mnm, na serra do Ibitiraquire.

Trilha do Itapiroca / Imagem: Arquivo

*Escalaminhada: é a caminhada em trilhas de ascensão, onde nos lugares mais difíceis de subir, usamos as mãos em raízes, pedras ou grampos (escadas de ferro fixas nas rochas) que existem no caminho; sem o uso de cadeirinhas ou outros equipamentos.

Além disso, existem outras milhares de montanhas, pelo mundo e o Brasil, acessíveis sem escalada. Entre as quais a montanha arco-íris, no Peru, e algumas das mais altas do Brasil, como o Monte Roraima, e seus 2.734 m, na divisa do Brasil com a Venezuela e a Guiana. O Pico da Bandeira, com seus 2.891 m, na serra do Caparaó, entre Minas Gerais e o Espírito Santo e o Pico da Neblina, que fica na serra do Imeri (Cordilheira: Escudo das Guianas), no Amazonas, nossa número 1, com seus 2.995,30 metros de altitude.

Pico da Neblina – Amazonas / Foto: ICMBio/MMA

Sem falar que não tem idade para praticar montanhismo. Precisa é de muita disposição e vontade. Quer um exemplo, inspirador? Então, conheça a história do vitamina, um dos primeiros montanhistas do paraná. Ele começou guri e aos 86 anos segue subindo montanhas, com muita disposição e determinação.

https://www.youtube.com/watch?v=OgoWYXVQLvs

Se quiser saber um pouco mais sobre esta lenda viva do montanhismo paranaense, acesse este link. Quer inspiração no cinema? Tem também. Inclusive com histórias baseadas em fatos reais. Basta ver nosso apanhado de filmes sobre montanha.

Não me surpreenderia se daqui a pouco você resolver se aventurar na escalada, também, e na conquista de altas montanhas. Diria o seguinte: nada é impossível para quem é determinado e se prepara, maaaas isso é assunto para um outro artigo. Até lá, então. 🙂

Fitz Roy / Argentina – Imagem: Arto Mmarttinen
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